Seis trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão em Caruaru

  • 11/06/2025
(Foto: Reprodução)
Galpão onde os trabalhadores dormiam armazenava sacos de esterco e não tinha banheiro ou água potável. Trabalhadores estavam em condições análogas à escravidão Reprodução Seis trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em uma granja localizada na zona rural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A operação de fiscalização foi realizada entre os dias 26 e 30 de maio e constatou que os empregados viviam e trabalhavam em situação degradante, sem registro em carteira e expostos a riscos constantes de acidentes. ✅ Receba as notícias do g1 Caruaru e região no seu WhatsApp Durante a inspeção, a equipe de fiscalização encontrou os trabalhadores dormindo em colchões sujos apoiados sobre caixotes de transporte de galinhas. O alojamento, improvisado em um galpão de piso de terra batida, também era utilizado para o armazenamento de pneus, carrocerias de caminhão e sacos de esterco. O local não dispunha de água potável, instalações sanitárias ou condições mínimas de higiene. O empregador foi notificado a pagar R$ 291 mil em verbas rescisória. Reprodução A ação foi coordenada pela Auditora Fiscal do Trabalho Isis Freitas e contou com a participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e apoio da Polícia Federal (PF). Os trabalhadores, oriundos de diversos municípios do interior do estado, atuavam no abate de aves, carregamento de caminhões e fornecimento de frangos vivos e abatidos para feiras livres de Caruaru. As irregularidades também se estendiam ao ambiente de trabalho. Os auditores identificaram a realização de atividades em altura sem qualquer proteção contra quedas, ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e o uso de máquinas sem sistemas de segurança, duas das quais foram interditadas. Um acidente com barra metálica que atingiu o olho de um trabalhador não foi comunicado oficialmente, em descumprimento à legislação trabalhista. A fiscalização encontrou os trabalhadores dormindo em colchões sujos apoiados sobre caixotes de transporte de galinhas. Reprodução Após o resgate, foi realizada a rescisão contratual de todos os trabalhadores. O empregador foi notificado a pagar R$ 291 mil em verbas rescisórias e os resgatados foram cadastrados para receber três parcelas do seguro-desemprego especial, benefício previsto para vítimas de trabalho análogo à escravidão. O MPT informou que a empresa se recusou a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), e, por isso, será alvo de uma ação civil pública para responsabilização judicial. Os trabalhadores também serão encaminhados aos serviços de assistência social dos municípios e do governo estadual para acompanhamento e apoio psicossocial. De acordo com os órgãos envolvidos, o caso reforça a importância da fiscalização contínua em setores produtivos onde há maior vulnerabilidade social e ausência de garantias trabalhistas. As investigações continuam e podem resultar em outras sanções administrativas e criminais.

FONTE: https://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2025/06/11/seis-trabalhadores-sao-resgatados-de-condicoes-analogas-a-escravidao-em-caruaru.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. A NOITE

GUSTTAVO LIMA

top2
2. 333

Matuê

top3
3. ÚLTIMA SAUDADE

Henrique e Juliano

top4
4. Triplex

Matheus Fernandes, Matheus & Kauan

top5
5. CERTEZA

Luan Santana

Anunciantes